segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Passos perdidos
Estou aqui tentando tirar tanta coisa da mente,mas a chuva que cai lá fora me lembra a cada gota de tudo,as notas pesadas da guitarra que ecoam pelas paredes de meus ouvidos fazem escorrer lágrimas pela minha face,meu coração batendo em ritmo descompassado aumentam a dor de lembranças estranhas,nas quais parecia feliz...Minha alma dilacerada sai de mim perdendo seu pedaços na correnteza negra que corre próximo a meu cadáver,pois sem você me sinto sem vida,a água da chuva que transpassa a massa ectoplásmica parece me furar como bala de uma arma em chamas,enquanto vago pela cidade sombria vejo nossa historia em cada canto deste lugar que um dia já viu risos sinceros,onde seus lábios saciavam minha sede de vida,onde um dia fui completo...Aos poucos pareço diminuir perante a cidade apagada,me tornando uma migalha sem utilidade,me sinto um objeto usado e descartado,sem mais o que ser feito,sem reciclagem,apenas mais um peso no mundo e ver você assim com lagrimas nos olhos me fere mais e mais,ver tudo o que ta acontecendo me diminui a cada segundo...estou prestes a sumir perante seus olhos,aguardo uma última tentativa desesperada de salvamento,mas é em vão...seus olhos já não encontram os meus,suas mãos já não buscam as minhas...seu coração já não bate por mim...eu sinto,é o fim...
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
pedaços de um passado despedaçado
Revirando o lixo do meu passado tentando organizar os dias encontrei dobrado em um canto distante um pedaço de minha historia,escrito a lápis estava lá o seguinte relato de mim..."Já me disseram de tudo nessa vida,me falaram que sei jogar bola,que sei desenhar,que sei andar de skate,que sei tocar violão,que sou gente boa,que sou feliz,e por ae vai,mas eu não concordo,eu tento fazer o máximo possível de coisas que a vida me oferecer,a única coisa que eu sei fazer é ser eu mesmo.Ouvi uma vez numa reportagem que uma certa pessoa queria ser a bola oito do jogo,perguntaram por que,e ele disse que a oito é a última que morre,então refletindo em uma tarde de chuva pensei que eu prefiro ser a bola branca,por que ela é a única que mata,se caí na caçapa ela volta e leva outra em seu lugar,e quando a oito morre ela permanece imponente e única sobre a mesa.
Acredito que a vida me deu tudo o que eu precisava,me proporcionou os desenhos para mostrar meus sentimentos,os poemas para que eu falasse com minha alma,as músicas para cantar ao mundo o que penso,e o skate pra que eu suba nele,tire os pés o chão e entre no meu mundo,sem perturbações,sem notas,sem criticas,onde os obstaculos são apenas incentivo para supera-los..." Esse texto eu escrevi aos meus dezesseis anos de idade,e hoje o que posso dizer é... sejam as bolas brancas do jogo por cima dos "skates" que a vida oferece...
Assinar:
Postagens (Atom)