
Monto em meu cavalo negro e galope guiado pelo vento tentando encontrar...mas não sei o que procuro,como encontrar? Ouvi um velho mestre sábio dizer que quem não sabe o que procura não vê o que encontra... Me sinto no velho oeste selvagem,é como se eu adentrasse no Arizona em busca do duelo final,no qual ficariamos um de cada lado da rua vazia,o feno atravessa a rua direcionado pelo vento mas eu não saco o revolver,apenas olho nos olhos daquele que me libertará...Ouço o estampido da pólvora,pareço ver a bala girando em direção a meu peito,atravessar lentamente o tecido da camisa e penetrar no espaço vago onde havia um coração...O cigarro escapa dos meus lábios,minhas mãos tremem,meu corpo está gélido,as pernas enfraquecem a ponto de não sustentarem mais meu corpo...caio então de joelhos com a mão tapando o orifício do meu peito,o sangue escorre lentamente,a dor é sobrenatural,o vento uiva na aba do meu chapéu,e tudo escurece,mas num último suspiro sorrio e vejo sua imagem em minha mente...acabou pra mim...mas pra você está tudo apenas começando...uma vida livre em um oeste completamente novo,cheio de desafios,mistérios e amores inabaláveis...sem me mexer ouço meu fiel cavalo relinchando por perto,ele sabe que deve te encontrar e sai... sai num galope enlouquecido atordoando ate mesmo meu rival que fica atônito com a cena...estirado,sangrando,morrendo...porém sorrindo,pelo simples fato de poder sentir-lhe mais uma vez...talvez essa seja a única forma de ter você pra mim mais uma vez...
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