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sábado, 17 de novembro de 2012

Por ela...

Calmamente ele entra pela porta do estabelecimento,o cheiro revela onde ele está,uma padaria no centro da cidade. Senta-se em uma das mesas vagas, retira seu laptop da mochila e liga-o. Enquanto a máquina acorda de seu sono frio ele pede um café para a atendente mais próxima. Então conectando-se a rede aberta de internet disponibilizada pela padaria ele acessa as redes sociais,digita suas senhas rapidamente como se nada mais importasse,é visível que ele precisa liberar algo de sua mente,seu café chega,ele nota que está muito quente devido a fumaça espessa e contínua que sai da xícara. Sem exitar,seus dedos disparam por entre as teclas sem que seus olhos desgrudem da tela,as vezes,e por poucos momentos eles se desviam,para o balcão onde está ela,o motivo pelo qual ele escreve tão rápido e desesperado. Deslumbrante ela sorri para todos,sua simpatia impressiona,ou ela é sincera ou finge muito bem,empacota as compras dos clientes com um sorriso no rosto,de pouco em pouco olha no seu celular de ultima geração,está conectada as redes sociais,ele sabe,pois está verificando cada caractere que ela digita. Enquanto seus dedos percorrem a tela do seu celular ele repara em suas unhas,um tanto compridas e muito bem cuidadas,bem pintadas,mas ele não repara na cor,aquelas unhas que com certeza geram a mesma dúvida em muitas mentes que por ali passam...Seriam postiças? Ele então sorri e lembra que dias atrás ela havia comentado sobre isso,lembra-se também outras coisas,como o horário que entrara na padaria,o relógio digital de seu pulso marcava dezessete e vinte e três,numero muito comum pra ela que sempre o vê,foi um dos motivos que o fez sorrir já ao entrar,são quase nove horas,ele terminou seu café,e a horas não escreve mais nada,só observa-a e disfarça em seu laptop,ele sabe que está perto do fim,ela tem academia ainda,e isso a levará pra longe dele. A bateria acaba,ele recolhe suas coisas e vai ate o balcão,pra distrair a mente ele conta os passos ate o lá,afinal ele vai estar próximo a ela,ele olha pra ela enquanto se surpreende com os dezessete passos que usou ate chegar ali,então paga o café,olha mais uma vez aquele sorriso que lhe trouxe até ali e sai,e com mais seis passos ganha a rua...sorrindo por ver o sorriso dela. Entra na condução e vai para um bairro afastado,entra em casa pensando em tudo que passou durante o dia,toma seu banho e deita-se na cama,pega seu celular para arrumar o despertador para mais um dia rotineiro,são vinte e três e dezessete...espantado ele só quer saber de dormir,aqueles números já o perseguem tanto quanto o sorriso dela...