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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Enquanto espera...

"Intermitentemente olho pro relógio,cada segundo que passa parece ser uma martelada em meu peito,a rosa já desanimada de manter seu vigor desiste de uma luta sem chance de vitória,o cartão feito a mão durante a noite de sono perdida já está amassado e desbotando aos poucos. Desculpe,eu não queria estraga-lo,mas o suor causado pelo nervosismo é incontrolável,mas não é culpa minha,você meche de mais comigo,quando estou contigo me sinto livre depois de muitos anos presos em uma jaula...sim,em uma jaula,mas não de grades de aço,mas tão fria como uma...minha prisão era a minha mente,mais precisamente a cela das lembranças...Lembranças que sempre envolveram sorrisos...eu sei,parece estranho,sorrisos causarem lágrimas,mas era isso que acontecia...mas não agora,com você só tenho motivos pra sorrir...mas e você que não chega?? Por que não vem acalmar essa dor que está no meu peito?? só você tem a cura pra esse mal..." - Emocionada,ela para de ler a carta escrita por ele na rodoviária enquanto a esperava,com os olhos cheios de lágrimas,ela o abraça e pede desculpas pela demora,então ele apenas sorri e diz próximo ao ouvido dela..."Valeu a pena esperar...e saiba...esperarei quantas vezes forem preciso,apenas pra lhe entregar uma rosa e te ver sorrir,por que minha vida vem do teu sorriso..."

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Doce e mortal...

Sou apenas um pedaço de uma vida fria,um objeto inútil perdido em um espaço nulo entre o tudo e o nada...Analisando seu sorriso sinto meus demônios fugirem do controle e dominar todo meu pensamento,meus olhos já não são mais meus e minhas palavras são apenas argumentos irreais usados pra roubar sua alma. Em um misto de encantamento e necessidade por você,me solto perdido em um ambiente ostiu ...desarmado,despreparado,desligado...despreocupado...paralisado sentindo seu corpo se movendo como uma víbora mortal em minha direção,inerte,sem a minima vontade de fugir,apenas espero pra sentir seu veneno percorrendo minhas veias e tomando de mim o resto de uma medíocre vida sem sentido,meu coração paralisará em questão de segundos,e minhas rotinas serão quebras pelo doce beijo da morte em um toque simples...já não serão mais necessárias as minhas pesadas palavras tristes nesse mundo sem ouvidos,minhas lágrimas terão outro sentido...alegria de ser livre da humanidade entregue em um misto de ódio e prazer...busco sair deste demasiado pesadelo,mas como sempre é em vão...é realidade,é momento,é amor...é assim que muitos chamariam e é assim que me sinto quando me entrego sem medida em seu espaço temporal...amar pode ser doce...porém mortal.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Em uma manhã comum de sol forte nas planices,um rei passeava pelo seu reino como costumava fazer todos os dias de sua vida...Ele cavalgava até uma frondosa árvore em um de seus muitos e muitos quilômetros de terra e sentava-se em uma pedra para refletir sobre seus problemas. Mas não desta vez,não nesta manhã... a vários metros de distancia da arvore o rei avistou um homem sentado em sua pedra,mais que depressa ordenou que seus guardas segurassem o homem,temendo um atentado aproximou-se ressabiado e pediu: -Quem és tu? -Vim em paz.- Disse-lhe o homem maltrapilho. -O que desejas? -perguntou o rei. -Apenas conversar. -Disse o maltrapilho. O rei então ordenando que os guardas o soltassem sentou-se em sua pedra e o homem sentou-se ao chão. -O que fazes em minha terra? Estavas a roubar acredito... -Pelo contrario meu rei,vim de muito longe para lhe trazer algo que perdeste em sua viagem. O rei já desconfiado que o homem era louco pensou em ir embora,mas antes que ele movesse um músculo o mal vestido homem lhe disse com um sorriso humilde... -Não se vá meu rei...não me deixa pois não sou louco e muito sei de ti... O rei resolveu então ouvir o que homem tinha a dizer,mesmo estando um pouco assustado... -Então entregue-me o que veio trazer de tão longe. -Disse o rei estendendo a mão. -O que lhe trago não pode ser tocado...-respondeu o homem com um olhar serio. -E o que me trazes então pobre ser? Não carregas nada contigo,não tem um animal de montaria e nem mesmo uma sacola ou arca com itens. O que pode vós me trazer que não pode ser tocado sendo tu tão pobre e maltrapilho...só que me traga doenças. -Disse o rei gargalhando. -Venho trazer a ti um conhecimento. -Estais louco?? Tenho em meu reino todos os livros já escritos sobre a face deste planeta.- Respondeu fortemente o rei -Ter milhares de livro não lhe garantes a sabedoria. O conhecimento se adquire através dos tempos absorvendo um pouco de cada dia... -Tive os melhores mestres que podeis vós imaginar. -E foi um trabalho inútil todo esse tempo tomado deles,pelo que percebo não aprendeste nada que realmente valhe-se a pena,não é mesmo?- respondeu secamente o homem. - O que queres dizer com isso?- Perguntou intrigado o rei. - Veja você mesmo... - levitando lentamente enquanto dizia o maltrapilho. O rei muito assustado viu então tudo que fizeras de ruim em seu reino,as crianças que havia maltratado,homens doentes que havia mandado matar,plantações as quais destruiu...E assim que terminou de ver esse filme horrendo estava caindo da pedra em que estava sentado. Enquanto despencava seu peso pela terra fria disse em um sussurro fraco... Quem és tu pobre homem??? e depois do choque com o solo ouviu por entre a relva o vento dizendo-lhe... -Sou a humildade que perdeste quando vistes tamanha riqueza...sou o que um dia foi teu lado bom...podeis me chamar de amor,o qual jamais tornara a ver...